Povos Indígenas - Maloca

 

Povos Indígenas

 

POVO EMBERA
Os Embera são um grupo indígena que habita principalmente as regiões da Colômbia e do Panamá. Eles são conhecidos por sua rica cultura, tradições e modos de vida. Tradicionalmente, os Embera se organizam em comunidades que mantêm um forte vínculo com a natureza, vivendo principalmente da agricultura, caça e pesca.

Um dos aspectos notáveis da cultura Embera é a sua arte, que inclui a confecção de artesanato, como cestos, colares e máscaras, frequentemente decorados com cores vibrantes e padrões intrincados. A música e a dança também desempenham um papel essencial nas celebrações e rituais da comunidade.

Os Embera enfrentam desafios significativos devido à modernização e à exploração de suas terras. Muitas comunidades têm lutado para preservar seus direitos territoriais e culturais, buscando apoio para manter suas tradições vivas em um mundo em rápida mudança. O povo Embera é uma parte fundamental da diversidade cultural da América Latina, e seus esforços para continuar sua herança são vitais para sua identidade.

 

POVO APURINÃ

Os Apurinã são um povo indígena do Brasil, pertencente à família linguística Arawak. Eles habitam principalmente a região do médio rio Purus, no estado do Amazonas e somam 

10228 pessoas (Siasi/Sesai, 2020).

Tradicionalmente, vivem da caça, pesca, coleta e agricultura, cultivando mandioca como principal alimento e  sua cultura é rica em conhecimentos tradicionais sobre a floresta, rituais espirituais e uma forte relação com a natureza. Apesar dos desafios, como a perda territorial e a influência externa, os Apurinã seguem lutando pela preservação de sua língua, costumes e direitos sobre suas terras ancestrais.

 

 

POVO KAMAIURÁ

Os Kamaiurá são um povo indígena que habita a região do Parque Indígena do Xingu, no estado do Mato Grosso, Brasil. Pertencentes à família linguística Tupi-Guarani, seus 710 indivíduos (Siasi/Sesai, 2020) vivem em aldeias organizadas ao redor de uma grande casa cerimonial, refletindo sua estrutura social coletiva. Sua subsistência é baseada na pesca, agricultura (especialmente mandioca), caça e coleta. Os Kamaiurá mantêm rituais tradicionais, como o Kuarup, uma cerimônia de homenagem aos mortos, e possuem uma cultura rica em mitos, cantos e práticas xamânicas. Apesar dos desafios da modernidade, seguem resistindo para preservar sua identidade e modo de vida tradicional.

 

 

POVO WAYUU

Os Wayuu são um povo indígena que habita a Península de La Guajira, no norte da Colômbia e da Venezuela. Estima-se que haja cerca de 800 mil indivíduos, metade na Colômbia e metade na Venezuela. São conhecidos por sua forte identidade cultural, sua organização social baseada em clãs matrilineares e seu idioma próprio, o wayuunaiki, pertencente à família linguística Arawak. Tradicionalmente, vivem da criação de cabras, pesca, comércio e da confecção de artesanatos, como as famosas mochilas Wayuu. Seu território é marcado por um clima árido, o que os tornou especialistas na adaptação ao ambiente desértico. Apesar dos desafios socioeconômicos, os Wayuu seguem preservando sua cultura e autonomia.

 

 

POVO MEBÊNGÔKRE (KAYAPÓ)

O termo Kayapó é muito utilizado para denominar este povo, mas não é necessariamente uma autodenominação. Os Kayapó se referem a si como Mebêngôkre [“os homens do buraco/lugar d'água”]. Sua população tem cerca de 9.762 pessoas (Siasi/Sesai, 2014), que vivem ao longo dos rios Iriri, Bacajá e Fresco, na bacia do Xingu, no Brasil central. Há sete subgrupos do povo: Gorotire, Kuben- Krãn-Krên, Kôkraimôrô, Kararaô, Mekrãgnoti, Metyktire e Xikrin. Todos são falantes de uma língua da família Jê, porém cada grupo também tem diferenças de dialeto, sendo que além do idioma nativo também utilizam o português. Sua economia é baseada na caça, pesca e produção de roçados (geralmente com batata-doce, milho, cana-de-açúcar, bananas, mandioca, frutas, algodão e tabaco), bem pela feitura e venda de artefatos como colares, brincos e pulseiras.

 

 

POVO YAWANAWÁ

A língua Yawanawá pertence à família linguística pano e este povo vive no extremo oeste da Amazônia brasileira, na Terra Indígena do Rio Gregório - situada no município de Tarauacá, Acre - a qual coabitam com seus vizinhos Noke Koi (Katukina pano). Consiste em 849 pessoas (Siasi/Sesai, 2020), sendo boa parte de sua população de jovens e de crianças. Se reconhecem e são conhecidos como "povo da queixada" [yuan: queixada, mm: "povo"] , tendo como característica bem marcada, portanto, gostar de "viver em bando", ou seja, "todos juntos". Outra característica destacada do povo é a sua habilidade nas relações com a sociedade não indígena, que se dá desde a mediação e estabelecimento do contato — ocorrido nas primeiras décadas do século XX — e se estende até os dias de hoje, a partir de grandes parcerias com empresas e marcas brasileiras e estrangeiras. São precursores na realização de festivais culturais indígenas no estado do Acre, fenômeno que ganhou destaque no contexto etno turístico local na última década, sendo atualmente realizado por diversos povos originários da região

 

 

POVO HUNI KUIN

A palavra Huni Kuin é uma autodenominação, geralmente traduzida como “gente verdadeira”. Sua população é de 11.729 (Siasi/Sesai, 2020), e vivem na região de fronteira entre a Amazônia brasileira e a peruana. No Peru, as aldeias estão no rio Purus e no rio Curanja; e no Brasil estão no estado do Acre, distribuídas pelos rios Tarauacá, Jordão, Breu, Muru, Envira, Humaitá e Purus, região do Vale do Juruá. Sua língua tradicional se chama Hãtxa Kuru [“língua verdadeira”] e pertencente à família linguística Pano. Além do plantio de roçados para a alimentação comunitária, a economia Huni Kuin também é tecida com relações comerciais que envolvem a venda de seus artefatos.

 

 

POVO KUNTANAWA

Os Kuntanawa, que significa "povo do coco” - povo da família linguística Pano - não falam mais a sua língua original indígena, todos falam português. 

Vivem às margens do alto rio Tejo, no interior da Reserva Extrativista (Resex) do Alto Juruá, localizada no extremo oeste do estado do Acre, no município de Marechal Thaumaturgo. Foram praticamente exterminados durante as perseguições armadas aos povos indígenas, as chamadas correrias, que acompanharam a abertura e a instalação dos seringais em todo o Acre, no final do século XIX e início do século XX. Os últimos descendentes conhecidos desse grupo são membros de uma extensa família, conhecida até recentemente no alto do Juruá como "os caboclos do Milton", numa referência ao nome do seu patriarca, Milton Gomes da Conceição.

O grupo tem lutado pelo seu reconhecimento étnico e a identificação, assim como a delimitação de sua Terra Indígena, que se sobrepõe a uma porção da Reserva.

Os Kuntanawa estão estimados em 164 pessoas (Siasi/Sesai, 2014).

Em reconstrução em todos os aspectos (língua, pintura, rituais e pertencimento), há iniciativas de visitas e permanências em Terras Indígenas vizinhas, de reconstituição da língua de seu povo por meio de outras similares (contato com povos Pano vizinhos). Sinais externos como a pintura, são recuperados por meio de experiências com a ayahuasca e de uma garimpagem apurada nos relatos dos componentes mais velhos do grupo. Artesanatos começam a ser confeccionados a partir daqueles já feitos pelos mais velhos e pelos grupos das Terras Indígenas vizinhas.